segunda-feira, 19 de março de 2012

A QUEM ESTÃO SERVINDO AS FORÇAS ARMADAS?

Por CMG-RM1 Claudio Pedrosa de Oliveira (Comandante Pedrosa)

As Forças Armadas (FFAA) devem servir ao Estado e nunca a governos. As FFAA foram criadas para garantir a soberania e a estabilidade interna do Estado. (CF 1988 - "Art. 142. As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem.").

Não deveria haver oposição ou "governo" quando se trata da definição orçamentária para as FFAA, pois quem barganha com a força bélica do Estado joga com as vidas de seu povo.

Todos os partidos sabem que as FFAA de um Estado são do tamanho necessário para garantir a condução de seus interesses sem que se seja pressionado pelos interesses dos agentes externos.

Os Estatutos Partidários clamam por um futuro mais justo, mais desenvolvido em uma nação grandiosa, então é lógico admitir que todos os partidos desejem uma FFAA capaz de garantir os seus anseios políticos no cenário internacional, bem como manter a estabilidade nacional.

Não consigo imaginar um lugar em que o Executivo negocie salário ou verba orçamentária dos seus leais correligionários militares visando uma manutenção do "statu quo", ou uma vantagem política ao invés do bem maior para o Estado, pois isto seria uma traição conduzida pelo próprio governo. O estado que não possui a sua própria FFAA terá a de outro Estado.

Um estrategista nacionalista, que ame o seu povo e por ele exerça seu mandato, não desestimula a ciência e a tecnologia bélica de sua industria em prol de vitórias políticas. Um país com "P" maiúsculo tem que buscar a sua total independência bélica, em "Todos" os níveis, evitando que suas industrias percam seu espaço em artimanhas administrativas.

Que FFAA queremos? Que País queremos defender?

Para podermos ser "o que" quisermos, independente da vontade dos demais atores internacionais, temos que contar com aquele grupo que jura nos defender, mesmo com o sacrifício da própria vida.

Um País sério, humanista e educado vê com orgulho os seus militares e à eles propicia uma vida digna. Quando o Governo não remunera adequadamente os militares e ou quando não municia os seus paios de pólvora, ele não lesa aos militares, ele lesa ao seu Estado.

Quando os lideres não se colocam a frente na batalha os guerreiros defendem covardes.