sábado, 10 de julho de 2010

O BRASIL TEM DE CRESCER

O Brasil tem de crescer, mas não a qualquer custo, devemos fazê-lo de forma diferenciada, pois não podemos nos limitar ao econômico. O crescimento deve ser condicionado, principalmente, os seguintes valores: educação, distribuição de renda, exclusão da pobreza e a sustentabilidade.
No processo de crescimento temos que observar a geração de emprego, salários justos, e mão-de-obra qualificada. Atualmente, os salários estão tão achatados que a informalidade passa a ser a escolha inicial para o primeiro emprego, como também, a única saída ao desempregado com família dependente. Para reduzir está situação devemos acelerar a oferta de empregos, valorizando o nível técnico, e rever todas as políticas de cargos e salários. Somente resolveremos as questões dos trabalhadores quando os salários mínimos forem de tais que além de garantir o crescimento cultural familiar, o laser e o acesso a moradia, possa também cultivar uma poupança que ajude, paulatinamente, a uma variação patrimonial positiva.
A reforma na educação, que também não pode se furtar da revisão salarial do profissional da educação, tem que garantir aos alunos, um pacote básico: educação; esporte; inclusão digital; e a iniciação em dois idiomas, sendo o Espanhol obrigatório. A qualidade do pacote básico de ensino público gratuito deve ser a mesma em todo território nacional, não devendo ser inferior ao das escolas particulares, ficando, como diferencial, para estas últimas outras atividades que suplementaram a educação escolar.
O sistema de ensino tem de ser aperfeiçoado e como forma de adequar à demanda profissional, as diferenças sociais, a profissionalização escolar e a formação acadêmica seria incluído mais um ano ao ensino médio de forma opcional. Como é sabido, ao final do nível médio os alunos que foram aprovados, quer pelo ENEM ou pelo vestibular, vão para a faculdade, porém o que fazer com a massa de alunos não aprovada? Sendo o curso profissionalizante estariam aptos ao mercado de trabalho, mas esta não é a nossa realidade. Devemos pois, garantir a qualidade tanto ao acesso a faculdade como ao mercado de trabalho e é para este grupo que se aplicaria o quarto ano do nível médio. A quarta série opcional seria uma revisão geral e uma especialização profissional elevando o conhecimento técnico-profissional e reforçando a sua base acadêmica. O ano para a segunda tentativa ao nível superior não seria uma mera repetição do terceiro ano, trazendo uma motivação para o aluno e para o mercado de trabalho.
Neste caminho, no qual a população vem sempre em primeiro lugar, devemos buscar formas de aumentar a participação da sociedade civil nas decisões do governo. Integrar o povo a administração pública acarreta um novo paradigma de ética e honradez, fortalecendo a sociocracia.
A nova política deve se pautar em vários pontos já conhecidos, mas o seu tratamento deve ser de forma rápida e objetiva sem retardos devidos a desvios de conduta política. Neste rol de metas temos:
1. Consolidar a legislação para que o Estado seja forçado a melhorar a distribuição de renda.
2. Corrigir as distorções do Sistema de Seguridade Social, atualizando os valores com os reajustes do salário mínimo.
3. Rever a Política Nacional do Desenvolvimento Urbano, de modo a aumentar as habitações de interesse social.
4. Investir em saneamento básico nas áreas urbanas e rurais.
5. Diversificar a Planta Energética, de modo a garantir um crescimento com mais fontes limpas de energia.
6. Consolidar a qualidade do Sistema Educacional em todo Território Nacional com a devida inclusão do ensino profissionalizante.
7. Executar, de forma definitiva, a reforma agrária a fim de garantir o término do seu uso como forma de pressão política.
8. Aumentar o número de empregos com salários justos.
9. Atualizar os planos de carreira.
10. Valorizar os empregos de nível técnico.
11. Investir em Ciência e Tecnologia, com ênfase na pesquisa.
12. Executar a reforma tributária.
13. Garantir a segurança pública para a sociedade em todas as regiões do País.
14. Garantia o amplo acesso para um sistema de saúde eficaz e eficiente, com uma segura linha de fornecimento de medicamentos.
15. Reduzir o tamanho do Estado para garantir o seu melhor desempenho nas áreas de saúde, educação, segurança e habitação.
16. Executar a reforma política.
17. Elevar as bases dos salários.
18. Promover Políticas de Longo Prazo.
19. Atenuar as desigualdades sociais e regionais.
20. Prosseguir com o incentivo e o apoio as médias e pequenas empresas.
21. Aumentar os prazos dos empréstimos para os investimentos industriais e rurais.
22. Reduzir a pobreza e promover a inclusão social.

Quanto ao último item cabe um esclarecimento: assistencialismo não é a solução para a inclusão social (IS). A IS é um sentimento que é gerado no interior do ser humano quando ele deixa de viver na condição sub-humana e passa a compor, ativamente, a sociedade produtiva. Devemos lembrar que as bases para a IS são: O trabalho, com remuneração justa; a educação, incluindo o ensino profissionalizante e a inclusão digital; a saúde, com assistência para toda a família; e a segurança, para se expressar e se locomover.
Assim, com estas ações estaremos caminhando para um Brasil melhor, com o crescimento que o nosso povo merece. O povo cresce junto com o Estado, mas com o crescimento do cidadão o País cresce muito mais.
O Brasil merece este cuidado.
Um forte abraço.
PEDROSA 4059