quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Estaleiro Eisa bate quilha de navio-patrulha encomendado pela Marinha do Brasil

Estaleiro Eisa bate quilha de navio-patrulha encomendado pela Marinha do Brasil

O estaleiro Eisa realizou ontem a cerimônia de batimento de quilha do navio-patrulha "Maracanã". O navio é o primeiro de um lote de quatro encomendados em setembro pela Marinha do Brasil ao estaleiro carioca. O contrato total é de R$ 174 milhões.

Segundo o diretor Geral do Material da Marinha, almirante-de-esquadra, Marcus Vinicius Oliveira dos Santos, esses navios integram o Programa de Reaparelhamento da Marinha, que prevê a construção de um total de 27 unidades dessa classe. O objetivo é reforçar a vigilância das águas territoriais do país, visando principalmente garantir a defesa da Floresta Amazônica e das reservas petrolíferas marítimas. A embarcação deve ser incorporada à Armada em meados de 2012 e ficará sob a jurisdição do Comando do Quarto Distrito Naval, em Belém (PA).

O presidente do estaleiro Eisa, Manuel Ribeiro, afirmou que o contrato é o primeiro passo para o que o grupo Sinergy - controlador do Eisa - tenha um estaleiro totalmente dedicado à construção de embarcações militares. O estaleiro pretende participar das licitações da Marinha para as próximas encomendas previstas em seu Programa de Reaparelhamento.

O "Maracanã" será o terceiro de sua classe. Os dois primeiros foram encomendados ao estaleiro cearense Inace. O primeiro, denominado "Macaé" está em fase final de obras. "A decisão pela construção em estaleiro privado se coaduna com a política governamental de incentivo à construção naval e de geração de empregos, bem como da necessidade estratégica de capacitação e fortalecimento do parque industrial de tecnologia militar", ressaltou o almirante Marcus Vinicius em seu discurso durante a cerimônia, que contou com a presença de diversas autoridades da Marinha. Ele destacou ainda que com a obra o Eisa passa a integrar o seleto grupo de estaleiros com capacidade tecnológica para construir navios militares.

O "Maracanã" tem capacidade de deslocamento de 500 toneladas, 54,20 metros de comprimento total, boca moldada de oito metros e calado máximo de 2,48 metros. O projeto das embarcações foi desenvolvido pela empresa francesa Constructions Mécaniques de Normandie (CMN) . Ele será equipado com um canhão de 40 milímetros e duas metralhadoras de 20 milímetros, de fabricação brasileira. O objetivo da Marinha é utilizar o máximo possível de conteúdo nacional em suas encomendas. (Da redação)

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